As amigas perguntavam, instigavam e ela sempre escapava das respostas. Não queria decepcioná-lo, mas um dia não aguentou e pediu para ir em sua casa.
- Ainda não amor… – ele dizia. – Um dia vamos ficar juntos para sempre.
- Mas amor… Eu confio em você. Sei que nunca fará nada que eu não queira. Me deixe ver pelo menos como é…
Passou a noite insistindo mas não houve jeito. Ele a deixou na porta de casa para ter certeza que ela não o seguiria depois e assim passaram-se os dias.
Ela se irritou. Em um dia de feriado, levantou cedo e foi. Sabia que ele estaria em casa afinal, no dia anterior houve uma festa da empresa. Sabia onde era mas nunca tinha entrado e nesse dia tocou a campainha e fez praticamente uma vigília do lado de fora. Ele ligou para ela, pediu que fosse embora, mas ela não queria conversa. Nem as dores de cabeça que ele sentia devido a leve ressaca foram suficientes e então ela entrou.
Viu vários papéis e anotações sobre a mesa de centro e alguns aparelhos cirúrgicos sobre o sofá. Ele a olhava com aquela cara que as pessoas fazem quando estão com dor e ela não reparou quando ele trancou a porta.
- Pronto. Você queria entrar. Entrou. Satisfeita?
- Nossa amor. Pra quê tanto mistério? E por que esses aparelhos se você nem é médico?
- Você pergunta demais… Quer saber coisas demais. - Agora ele estava próximo da mesa e recolhia e organizava alguns papéis.
- O que você está me escondendo?
- Isso.
Ele lhe deu os papéis e foi para a cozinha. Ela notou que ele tinha anotado toda a sua rotina e medidas do corpo, desde o peso ao tamanho do pulso e comprimento do cabelo. Quando ele voltou, ela sentiu apenas uma forte dor de cabeça e não viu mais nada.
Ao acordar viu um taco de beisebol no chão e sentiu um lado da cabeça latejar. Com a consciência retomada percebeu que estava amarrada em uma cadeira e ele estava sentado em outra a sua frente. Ele olhava para ela c- Você sabe o que são os Dolls Makers?
- O que está acontecendo?
- Dolls Makers, são uma organização que produz bonecas sexuais. Porém, só quem tem muito dinheiro mesmo consegue adquirir o material deles afinal, o processo de fabricação é longo, mas o material é de excelente qualidade.
- Do que você está falando?
- Preste atenção meu amor, senão você se perde… Eu pensei em adquirir uma boneca por eles, mas eu ainda não tenho muito dinheiro e percebi que era mais barato aprender a técnica deles do que comprar feita. Claro que a qualidade não vai ficar tão boa mas… Vai servir.
- Por que está me olhando assim?
- Sabe como as bonecas são fabricadas? Os Dolls Makers que caso você queira saber, não existem por aqui, pegam meninas de orfanatos, entre 9 e 10 anos e as levam para suas casas. Lá eles lhes dão banhos e depois várias anestesias. Depois eles amputam seus braços um pouco acima dos cotovelos e as penas bem acima dos joelhos, assim elas jamais poderão fugir deles.
Mas como esteticamente, tocos de braços e pernas são feios, eles anexam uma barra de metal de pelo menos cinco centímetros bem firme ao osso antes de costurarem as feridas. A outra ponta da barra é em formato de rosca de parafuso para que se possa colocar qualquer coisa ali e pendurar a boneca onde quiser…
- Pare, me solte! Eu não quero ouvir mais! Você é louco.
- Calma meu bem! – Ele agora segurava seu queixo com a mão firme. – Você não queria entrar? Então vai ouvir até o fim!
Ele tremia mas a mão segurava seu rosto frágil extremamente forte. Ela sentia sua respiração quente a frente do rosto e notou como seus olhos brilhavam.
- Eles cuidam das feridas para não infeccionarem e uma vez curadas, são colocadas bases de silicone e veludo branco para ficar mais bonito visualmente. Uma vez com os braços e pernas completamente recuperados, se as meninas sobreviverem, é hora de cortar suas cordas vocais e tirar seus dentes, e pra não deixar elas simplesmente banguelas, é colocado uma prótese de silicone, assim, se tentarem morder não machuca. Seus olhos também são danificados de forma que ela não vai conseguir enxergar mais que vultos e luz. Depois de toda a recuperação é feito todo um treinamento e assim elas se tornam brinquedos sexuais vivos.
- Isso é… Doentio. Me solta agora! – Ela começou a gritar.
- Já disse. Cala a boca! – Ele se aproximou tanto de seu rosto que teve medo de levar um soco. – Como eu ia dizendo, além de todo esse processo, quem compra a boneca fica totalmente responsável por ela pois ela vai precisar de ajuda para comer e para todas as suas necessidades. Eu adoraria comprar uma mas…
Não tenho dinheiro para comprar e nem dinheiro para ir no lugar onde são fabricadas, então, resolvi fazer uma pra mim, só que já crescidinha. – Ele deu um sorriso bem aberto onde era possível ver todos os seus dentes. Era um sorriso insano e ao olhar em suas mãos, ela percebeu que ele agora segurava uma seringa e se aproximava dela novamente.
- Você vai ser minha boneca meu amor… Eu queria esperar mais, para conseguir uma desculpa convincente para seus pais e amigos, mas você, não me deixa outra escolha…
- Me solta, por favor! – Ela chorava. – Eu prometo que não conto nada pra ninguém e nunca mais te procuro. Prometo de não vou te denunciar pelas suas insanidades mas por favor, me deixa ir embora!
- Meu amor… – disse ele suavemente passando a mão em seu rosto – Você que quis entrar aqui. Eu não ia deixar, mas você insistiu. Minha dor de cabeça ainda não passou. Você queria entrar e entrou, mas agora não vai sair mais. – sua voz era grave e pesada e só fez com que ela chorasse mais e mais alto, com isso, levou um tapa forte na boca e logo em seguida sentiu a agulha em seu braço.
Ao acordar, estava deitada e amarrada numa maca, e ele com um jaleco branco preparando mais seringas.
- Agora que você já está mais calma, vamos começar o procedimento. Se meninas de nove e dez anos aguentam, tenho certeza que você meu bem também vai aguentar. – ele dizia isso com o mesmo sorriso insano de satisfação no rosto. Ela ia tentar gritar mas quando percebeu já estava adormecendo de novo e então, o processo começou.om olhos famintos e inquietos, olhos grandes de um bicho que está prestes a atacar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário