Conta-se que o Gorjala possui o hábito de colocar a sua presa debaixo do sovaco e ir comendo-a aos poucos. Suas presas são geralmente caçadores perdidos, e para o Gorjala, seus gritos de socorro soam como o canto dos pássaros.
Sua figura é certamente uma importação das lendas de gigantes e ciclopes europeus, trazida para o Brasil e adaptada ao nosso folclore. O próprio nome Gorjala remete à indumentária medieval europeia: gorjal era uma peça da armadura dos cavaleiros andantes, destinada a proteger a garganta, ou a gorja, como se dizia arcaicamente (“Mentes pela gorja, vilão!”, era um dos reptos preferidos das velhas gestas portuguesas). Dessa associação, passou-se inevitavelmente à imagem de um ser com a boca desproporcional.
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